GRAMATIOPATA: DOS MALES, OS MAUÊS
Tomo
muito cuidado
com minha escrita.
Não é
minha prioridade
que ela seja
perfeita,
mas que seja
coesa,
com coerência
e beleza.
Às vezes,
corto a parte
com concisão,
que é quando
não corto
as asas.
Tento,
ao máximo,
aliar
liberdade poética
—alada—
com correção gramatical
—essa
esforçando-se, suando,
voando ao lado.
Às vezes,
parece que lhe falta
uma das asas.
Note a ausência
do travessão
que viria agora.
O texto
se auto—revigora.
Se o consigo,
é outra estória.
Morro de medo
—e reforço
que não é
força de expressão—
de perder alguma coisa.
Porém,
o temor
não é da perda,
e sim de anunciar
“Perdi tal coisa
em tal lugar...”...
Não,
não é a resposta
“Então tá lá.”
que incomodaria.
Algo desaparecer
e eu disser
—estou na dúvida se é “dizer”.
Qual é mais condizente?—:
“Se alguém o vir...”
e ter que ouvir
“Se eu ver,
te aviso.
Mais justo você.”.
Perco a minha cabeça
e sumo com a dela,
pra ninguém ver
e pra ser justo
no sentido de justiça.
Sem mais!
Mas,
se vier,
com pingo
no inexistente
i.
__Seu incoerente!
__Se eu o capto,
também o decapito.
Cenas
do próximo
capítulo...
daquela mesma estória
do começo,
com o mesmo fim
dessa última.
__Ninguém me corrige.
Sou ma...
s o que eu iria dizer?
Tá com medinho, né?,
que eu faca
alguma coisa.
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