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UMA OBSERVAÇÃO GROSSEIRA PODE SER O FIM COMO PODE SER O MEIO

 

Há tempo

venho tentando

escrever

um poema

que não tenha fim.

 

Escrever

ficar bem

no meio

é

um bom presságio.

 

Meio, começo e só.

 

Seguindo assim,

finalmente,

saiu algo:

 

come(io)çó.

 

(Final?)

Feliz...

 

até

meu próprio lado crítico

me dizer:

 

“Só iço

o caso?”.

 

Ele

fez questão

de grafar

o que está

entre aspas

para

que eu percebesse

os não esses

e notasse,

com isso,

as nuances.

 

Ainda

no trecho

entre aspas

com o cê-cedilha

—lindo sinal,

por sinal—

intruso,

é bem nesse meio

o in-fim

—com hífen

fica com

mais ênfase—:

 

foi como engolir

um caroço grosso

e,

até agora,

não conseguir

cagá-lo.

 

In-testino,

segundo (o) cérebro,

sendo testado:

 

toma rumos

que independem

de m,fim.

 

 

 

 

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Andalaquim
Enviado por Andalaquim em 17/09/2023
Alterado em 18/09/2023
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