UMA OBSERVAÇÃO GROSSEIRA PODE SER O FIM COMO PODE SER O MEIO
Há tempo
venho tentando
escrever
um poema
que não tenha fim.
Escrever
ficar bem
no meio
é
um bom presságio.
Meio, começo e só.
Seguindo assim,
finalmente,
saiu algo:
come(io)çó.
(Final?)
Feliz...
até
meu próprio lado crítico
me dizer:
“Só iço
o caso?”.
Ele
fez questão
de grafar
o que está
entre aspas
para
que eu percebesse
os não esses
e notasse,
com isso,
as nuances.
Ainda
no trecho
entre aspas
com o cê-cedilha
—lindo sinal,
por sinal—
intruso,
é bem nesse meio
o in-fim
—com hífen
fica com
mais ênfase—:
foi como engolir
um caroço grosso
e,
até agora,
não conseguir
cagá-lo.
In-testino,
segundo (o) cérebro,
sendo testado:
toma rumos
que independem
de m,fim.
/-\|\||)/-\|_/-\(,)|_|||\/|