O SENHOR DO PONTO
Eu queria
poder parar
o tempo.
Mas, aí,
será que eu teria
que parar
em “parar”
e não seguir
com “o tempo”?
Uma dúvida
meio
meio-dia e meia,
meio
anti-horária.
Era
para parar ponteiros.
Porém,
pulei entre eles.
E,
num passo falso,
alheio
à velocidade do segundo,
caí no lago do relógio.
Foi, então,
que entendi
ponteiro
vir de ponte.
E(,) então(,)
(o que) viria
de entendi?
Com o tempo,
me afoguei
até a morte.
Bebi do tempo
na fonte.
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