O VENTO BATE
ar
ar
ar
Não consigo par
E,
mesmo parado,
gosto de vento na car ar ar ar
mesmo que
ar ar
da
o
olho
—aqui, como boca—,
que, por sua tez,
também resseca.
Mentira
ra
ra
ra
Se castiga a tez,
detesto
o vento.
Dar o olho a tapa
sem tapá-lo.
No máximo,
uma aba
contra o sol.
Mentira!
Nem o mínimo
eu não sei
se agüento.
Juro que,
agora,
eu não sei
como saio
desse redemoinho
que eu mesmo soprei.
Talvez correndo
quando ele levantar a saia.
Acabei me abrigando
sob uma.
Ora
aprecio
ór
a voz do vórtice ór ór
ór
Noutra mesma hora,
brigo com a brisa
az az
que vem voraz az az az
az az
e ra ra rasga-me,
e ainda ri,
na e da
minha cara.
Na verdade,
se não é meu dia,
não sou dado a guerra,
é fato,
mas encrenco,
até mesmo,
com a brisa amena,
a menos
que ela traga consigo
cheiro de flor.
Porém,
não sou poético assim.
Não sei nem por que
cheguei aqui.
Trouxe
cheiro de suor,
que se juntou
ao do abrigo.
Não consigo ficar.
É verdade
que não sei
mais qual mentira
invento.
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