QUANDO O PONTO FINAL.
Ele pôs
no percurso
um ponto final abrupto.
“Daqui em diante,
nem um passo a mais.”,
disse-me
em tom de fim.
“Do que adianta
o ‘em diante’,
então?”,
perguntei-me,
logo me lembrando
de que ele se esqueceu
de que o trilho
é dele —lho—,
mas o caminho
é meu —minho.
Engraçado nisso
o ponto final
terminar comigo.
Um traço e um ponto
e o meu “meu” no meio.
O meu ponto final
eu que ponho...
e as vírgulas
após os pontos.
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