NOMEÁLOSEI
Nomeálosei
como um
cada um.
Eram três:
eleagá,
eneagá
e ceagá.
O eleagá
é tão sutil e notável
que o vejo
em três
das quatro sílabas
de “libélula”.
Agarra-me,
levemente,
como que pelas asas,
minhas,
dadas pelo eneagá
marcante acima.
Para cima!
Empenho-me. Empeno-me.
Quando acho
que sou passarinho,
é que entra
por cima,
em cena,
a chuva,
que cai.
Minhas penas fantasiosas
falham:
encharcam.
Uma força estranha,
como agulha
que perfura água,
me encilha
como que forçando
a pôr o circunflexo.
Penso
em pousar num galho,
voltar ao ninho.
Não!
Se não sabe voar,
chão!
Acho melhor
ser minhoca.
Mas e esse “acho”?
Não é o mesmo
que passa a vez
ao passarinho?
Eu agora
estou no bico
de outro bicho.
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