MICÉLIOS CELESTIAIS
Um sol sombrio.
Raios de pus amarelos.
Insolação de infecção.
Uma estrela estranha.
Um brilho amorfo de mofo.
Hifas inflamadas.
A lua,
opaca e letárgica,
nem é vista;
virótica.
Criador colérico,
cosmo cansado,
homem hemorrágico.
Um Deus
que pune arduamente
e perdoa pouco;
que não briga,
mas que se vinga
num universo
que reage duramente
ao que lhe foi,
ardilosamente,
imposto
por um ser
que sangra
matando os outros.
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