É ESTE MEU PONTO. E MEU PONTO FINAL
Considero um erro crasso —cometido, inclusive, por quem esteve em muitas classes, e eu não estou falando de classes— separar o sujeito do predicado com vírgula. Dói, dói em mim.
Mas, eu, de certa forma, até entendo que possa haver essa confusão, assim como no uso ou não da crase. Grave, acento grave.
Uma vírgula mal-vinda é uma presença cortante que (me) parte. É só perguntar ao sujeito como se sente, e ao predicado como me sinto.
Isso posto, coloco, agora, que acho linda a vírgula do vocativo. Sofro com a falta dela... sofro. Uma ausência castigante que (me) arrebenta. Tem que ter a vírgula para agüentar esticar. Uma vírgula certa funciona como uma boa cinta. E a vírgula que suprime uma palavra? “Suprime” não, “significa” significa melhor. Essa, venerável.
Mais vale um ponto bem posto no final do que uma vírgula mal vestida no meio, afinal. Prefiro um lápis sem ponta a uma vírgula mal educada, mal criada, que afronta.
Pelo tanto que amo essa língua, eu a aprecio até em suas formas alternativas, como, por exemplo, quando admiro “pôr” poder ser “punhar”. E quem vai pôr o punhal final do certo ou errado nisso? São cabíveis as mudanças das molduras. As belezas permanecem nas pinturas. Porém, pontuo que, sem prego, sinto-me desapontado
/-\|\||)/-\|_/-\(,)|_|||\/|