Textos


TUDO MUITO LENTO. TUDO MUITO LINDO

 

Sob a grama,

o intemperismo sublime,

na terra.

 

Sobre a grama,

a caminhada solene,

na terra.

 

Tons

de bege, preto, vermelho e marrom

nos dois.

 

Um solo duro e macio,

fragmentado de cascalho

e sedimentado de vulcão.

 

Um bicho mole,

de concha quente

e coração frio.

 

Concha quente,

pois tem traços de labareda

de um fogo ardente.

 

A pompa da concha

é a erupção do vulcão,

traje de gala,

para o baile dos reinos,

que a natureza costura,

sem agulha,

com tons de fagulha.

 

A bata,

bonita à beça,

é sem cerimônia:

nem lava

e vai de beca à pijama,

com a mesma,

num piscar de antena.

 

Adormece o vulcão.

Dorme o poema,

tendo deixado

um rastro de lesma.

 

 

 

 

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[foto]

quando: 24Dez2019

onde: Uganda, Kanungu, Buhoma

por: Andalaquim

Andalaquim
Enviado por Andalaquim em 12/06/2020
Alterado em 14/11/2023
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