A PULGUINHA PULADORINHA
parte 1: a estória
A bola rola.
A pulga pula.
A pulga pula na frente da bola.
A bola rola e mata a pulga.
Sabe essa pulga?
Então, ela não morreu, não.
Eu juro que eu achei que ela tava morta.
Mas aí veio um vira-lata,
e ela pensou:
“Se eu não sair daqui agora,
eu morro.”.
E pulou em cima dele
toda tonta e torta.
E foi embora
montada a cavalo
no cachorro.
parte 2: a escrita
Eu queria escrever ‘vira-lata’
daquele jeito que daí dá pra ver
que o cachorro é pequeno.
Mas eu não sabia se escrevia
‘virinha-lata’ ou ‘vira-latinha’.
Daí pensei em ‘virinha-latinha’.
Mas ‘virinha-latinha’
é mais pequeno ainda.
E ele não é tão pequeno assim.
Porque ele é só um cachorro pequeno,
não é um canino pequenino.
Daí deixei ‘vira-lata’ memo.
Mas é um vira-lata pequeno.
E sabe por que ele é pequeno?
Porque ele não pode ser grande.
E sabe por que ele não pode ser grande?
Porque, se ele fosse grande,
a pulguinha não ia conseguir pular em cima dele,
porque ela tava tonta e pulando torto
por causa da bolada da bola.
E, desse jeito,
o salto não seria alto.
Tanto é que foi um pulo pra cima baixo.
E é por causa do pulo baixo
que ela é “A Pulguinha Puladorinha”.
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