Textos


A PULGUINHA PULADORINHA

 

parte 1: a estória

 

A bola rola.

A pulga pula.

 

A pulga pula na frente da bola.

A bola rola e mata a pulga.

 

Sabe essa pulga?

Então, ela não morreu, não.

 

Eu juro que eu achei que ela tava morta.

 

Mas aí veio um vira-lata,

e ela pensou:

“Se eu não sair daqui agora,

eu morro.”.

 

E pulou em cima dele

toda tonta e torta.

E foi embora

montada a cavalo

no cachorro.

 

parte 2: a escrita

 

Eu queria escrever ‘vira-lata’ 

daquele jeito que daí dá pra ver

que o cachorro é pequeno.

 

Mas eu não sabia se escrevia

‘virinha-lata’ ou ‘vira-latinha’.

Daí pensei em ‘virinha-latinha’.

Mas ‘virinha-latinha’ 

é mais pequeno ainda.

E ele não é tão pequeno assim.

Porque ele é só um cachorro pequeno,

não é um canino pequenino. 

 

Daí deixei ‘vira-lata’ memo.

Mas é um vira-lata pequeno. 

 

E sabe por que ele é pequeno?

Porque ele não pode ser grande.

E sabe por que ele não pode ser grande?

Porque, se ele fosse grande,

a pulguinha não ia conseguir pular em cima dele,

porque ela tava tonta e pulando torto

por causa da bolada da bola.

 

E, desse jeito,

o salto não seria alto.

Tanto é que foi um pulo pra cima baixo.

 

E é por causa do pulo baixo

que ela é “A Pulguinha Puladorinha”.

 

 

 

 

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Andalaquim
Enviado por Andalaquim em 12/03/2020
Alterado em 02/01/2024
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