__EI, ENGENHEIRO! __A SEU DISPOR, POETA.
__Ei, genheiro,
você me ajuda?
__A seu dispor, eta.
O que é?
__Uma poesia minha
precisa da engenharia sua.
__Eta! Eu?
Po-is não,
de qualquer forma.
__Então,
vou começar:
“O beija-flor
na beirada da flor,
penetra-lhe
as pétalas,
suga-lhe
o suco.”.
É aqui.
__Mas qual é o calibre
do bico do colibri?
__Mas será
que se encaixa aqui?
__É pra isso que preciso saber
qual é o calibre
do bico do colibri.
__Mas não sei se
se encaixa aqui.
__Ah, poeta,
que frescura,
parece uma florzinha.
Vamos lá,
diga aí:
qual é o calibre
do bico do colibri?
Ou eu mesmo
vou ter que medir?
__Literalmente,
não se encaixa aqui.
__Mas foi você
quem me pediu
pra meter o bico aí.
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